MCTIC quer a redução de 30 % no setor industrial

O setor industrial é o maior setor de consumo de energia no Brasil e o que tem crescimento mais rápido. Em 2016, a energia elétrica em 84,18 Mtep (equivalente a 3,5 EJ) foi consumida na indústria, número que quase dobrou a marca de 43,5 Mtep em 1990. O consumo total de energia final somou 229,12 Mtep (9,6 EJ).

Os parceiros do Solar Payback lidam com uma grande pressão sobre o setor industrial em relação à política de mudanças climáticas, uma vez que a estratégia nacional de redução de emissões de gases de efeito estufa depende fortemente do setor industrial. De acordo com a estratégia 2030 publicada pelo Ministério das Ciências, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em 2017, as indústrias de consumidores finais,  como o setor automotivo, bem como eletrodomésticos e alimentos e bebidas devem reduzir suas emissões em 30% até 2030 em relação ao caso de referência.

Uma vez que o aquecimento está dominando 80%  da demanda final de energia na indústria, as tecnologias SHIP podem desempenhar um papel importante na realização dessas reduções de emissão de gases de efeito estufa.

A SHIP não é, no entanto, uma fonte de energia verde reconhecida para a indústria no Brasil ainda, embora existam mais de 500 instalações no mundo todo fornecendo calor solar para unidades de fabricação. É absolutamente necessário “aumentar a divulgação do conhecimento sobre o assunto e apoiar a fabricação local de equipamentos para esse fim”, afirmou Sergio Ypiranga dos Guaranys, Chefe de Energia da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Civil e Econômico.

Os parceiros do Solar Payback planejam publicar um relatório de avaliação de mercado de utilização das tecnologias SHIP para o Brasil no final de março. Neste relatório analisam indústrias / processos de produção adequados para o SHIP e realizam estudos de pré-viabilidade para avaliar a viabilidade econômica das tecnologias SHIP em diferentes aplicações industriais.

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