Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME vê grande potencial para a SHIP

A Associação Brasileira de Energia Solar Térmica – ABRASOL,em parceria da Solar Promotion International – SPI e da Aranda Eventos, organizaram uma conferência de alto nível das partes interessadas durante a Intersolar South America em São Paulo, em 23 de agosto.
Foto: Intersolar North America

O discurso de abertura sobre a Importância Estratégica da Energia Solar Térmica para o Brasil foi feito pelo Sr. Eduardo Azevedo (terceiro a partir da esquerda), Secretário de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, MME. Ele salientou a importância de substituir os chuveiros elétricos por aquecedores de água solares para aumentar a eficiência energética. Mas também enfatizou o grande potencial do uso de tecnologia de calor solar em mineração e produção de alimentos no Brasil. Bärbel Epp, da Solrico da Alemanha, parceira da ABRASOL e AHK no projeto Solar Payback, (segunda a partir da esquerda), apresentou as tendências globais e as oportunidades de negócios no SHIP durante a sessão de abertura.

A Presidente da mesa Sra. Elizabeth Duarte Pereira (à esquerda) do Centro Universitário UNA em Belo Horizonte, estado de Minas Gerai, reconheceu o secretário de estado como um “entusiasta apoiador da energia solar térmica”. A foto também mostra o presidente da Abrasol, Sr. Amauricio Gomes Lúcio e também CEO da TUMA, fabricante de aquecedores solares de água (quarto a partir da esquerda) e Sr. Rafael Campos, Vice-Presidente Institucional da Abrasol e diretor comercial da Bosch Termotecnologia(à direita).

“A Energia Termossolar para a Indústria – SHIP é um setor de rápido crescimento em todo o mundo”, informou a Sra. Epp da Solrico. “O número de plantas industriais de calor solar quadruplicou de 120 em 2012 para mais de 500 em 2016”. A maioria dos sistemas foram instalados na indústria de alimentos e bebidas, nas metalúrgicas e no setor têxtil. A maior instalação SHIP, um campo solar de 27,5 MW que mede 39,3 mil metros quadrados de área de coletor, vem fornecendo calor para refinação eletrolítica em uma mina de cobre chilena há três anos.

A professora Elizabeth vê um grande potencial para as tecnologias SHIP na indústria de processamento de frutas de Pernambuco, que produziu 308 mil toneladas de frutas em 2015. “Oitenta e cinco por cento das mangas exportadas pelo Brasil são cultivadas ao longo do rio São Francisco, no sul do estado”,explicou ela. “Pós-colheita, para proteger as frutas da antracnose,o produto é imerso em uma mistura de água com 0.055% de fungicida e 0,1% de esterilizador de frutasa 55 ° C durante 5 minutos.” O tratamento hidrotermal de todas as frutas também inclui um banho de até 90 minutos em água na temperatura de 46.1 °C, uma aplicação de baixa temperatura, fácil de alcançar com a energia solar térmica.

Close